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Como a mídia enxerga

pessoas negras?

Anos 70

70

Lançamento “Tim Maia”

O músico Tim Maia lança seu primeiro disco de vinil, intitulado com o próprio nome, e projeta a sua carreira nacional. “Azul da Cor do Mar” e “Eu Amo Você” são sucessos da obra, que vendeu mais de 200 mil cópias na época. Ele foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como uma maiores vozes da história da música brasileira.

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Glória Maria na Globo

Neste ano, Glória Maria entra para a TV Globo. Hoje, com 48 anos de casa, a jornalista se tornou uma das personalidades mais icônicas da emissora realizando trabalhos com viagens pelo mundo, aventuras, diversidade cultural e cobertura de grandes eventos. Ela foi a primeira repórter a entrar ao vivo para o Jornal Nacional.

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Volta ao Brasil de Gilberto Gil

Gilberto Gil volta do exílio. O artista partiu para Londres com Caetano Veloso, em 1969, após causar incômodo à Ditadura Militar (1964 - 1985) com o movimento tropicalista. A década rende ao músico apresentações na Europa, África e América do Sul, turnês nacionais e discos como "Temporada de verão", "Refazenda" e "Realce".

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“Os Trapalhões” na TV Tupi

Estreia "Os Trapalhões" na extinta TV Tupi. Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, estrelou o programa humorístico ao lado de Didi e Dedé até 1994, ano de sua morte. Ficou famoso pelas diversas caretas e fala "errada", características do seu personagem. Na década, Mussum foi um dos poucos negros em destaque na TV.

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“Xica da Silva”, o filme

É lançado o filme Xica da Silva, dirigido por Carlos Diegues e protagonizado por Zezé Motta. A trama fala de uma escrava alforriada, em Minas Gerais, na segunda metade do século XVIII, que passou a ter uma vida de ostentação. A sexualização da mulher negra é um aspecto bastante explorado em cenas de assédio e nudez.

Estreia a “Escrava Isaura”

É televisionada a novela de Gilberto Braga, com a história de uma escrava branca atormentada pelo seu senhor. Apesar de ter a luta abolicionista como enredo, a história se desenvolve na perspectiva dos personagens brancos. A "Escrava Isaura" possui um vasto elenco de atores negros como escravos mas sem papeis de destaque.

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“Sítio do Picapau Amarelo” vai ao ar

Começa uma das séries infantis mais marcantes da televisão brasileira, o "Sítio do Pica Pau Amarelo". No elenco principal, Jacyra Sampaio (tia Nastácia) e Samuel Santos (tio Barnabé) ocupam dois papéis reservados aos estereótipos negros, com baixa escolaridade e cargos servis: ela como a "mãe preta" e excelente cozinheira; ele como o "velho contador de histórias" e caseiro da casa grande. A produção ficou no ar até 1986.

Aposentadoria de Pelé

O "Rei Pelé", como ficou conhecido Edson Arantes do Nascimento, se aposenta. O ex-jogador de futebol foi um verdadeiro fenômeno dentro e fora do gramado, se tornando um dos maiores ícones brasileiros negros do século. Logo se tornaria o Embaixador Mundial do Futebol, mas o racismo no esporte nunca foi um tema levantado por ele.

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Adeus, Carolina Maria de Jesus!

Morre a autora Carolina Maria de Jesus. Com sua primeira e mais popular obra, "Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada", publicado em 1960, ela ascendeu no mercado literário. A carreira da escritora negra e catadora de papel, que documentava a própria rotina em diários, se tornou referência no mercado editorial e acadêmico.

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100 anos em 1 minuto

A evolução de padrões negros de beleza em 100 anos

100 anos em 1 minuto
Anos 80

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Álbum “Demônio Colorido”

A música "Demônio Colorido", de Sandra de Sá, fica entre as dez finalistas do Festival MPB, da Rede Globo. Neste ano, a artista gravou o disco também intitulado "Demônio Colorido" e deu início a uma sequência de projetos musicais. A década foi de grande ascensão profissional para a cantora, que lançou outros cincos discos.

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“Seduzir”, Djavan

No início dos anos 80, com a carreira já consolidada no Brasil, o músico Djavan Caetano Viana toma atitudes que o definem até hoje. Foi nesta época, durante as gravações do disco “Seduzir”, que colocou rastafaris no cabelo, montou a própria banda e partiu para turnês nacionais e internacionais. O seu sucesso se tornou mundial.

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O polêmico beijo “Corpo a Corpo”

A novela "Corpo a Corpo", de Gilberto Braga, mostra o primeiro beijo interracial em uma grande emissora e gera comentários racistas dos telespectadores. O casal Sônia (Zezé Motta) e Cláudio (Marcos Paulo) também enfrentam o preconceito na trama. Em entrevista ao programa "Encontro com Fátima Bernardes", a atriz relembra a repercussão da cena.

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Crise e reencontro de Paulinho da Viola

Com a nova tendência do Rock Brasileiro, o mercado do samba fica abalado. Paulinho da Viola para de gravar discos e se arrisca em turnês. Nas viagens, ele vê a grande recepção do público e decide apostar nessa proposta, deixando os álbuns um pouco de lado. Neste ano, surge uma nova geração de sambistas com o estilo conhecido como pagode.

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Luiz Gonzaga “Danado

de Bom”

O saudoso Luiz Gonzaga ganha seu primeiro disco de ouro com “Danado de Bom”. A época também o rende duas apresentações na Europa e livros sobre a sua história. O “Rei do Baião” deixou um legado de 56 discos gravados e mais de 500 músicas compostas. “Asa Branca” é dos seus clássicos nordestinos mais consagrados.

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"Sinhá Moça" e o blackface

O tema abolicionista, como pano de fundo, volta às telinhas com o enredo de Benedito Ruy Barbosa. A novela "Sinhá Moça" explora as tensões entre donos de escravos e progressistas no fim do século XIX. Para interpretar o menino Rafael, um filho mestiço, o ator Selton Mello utiliza o blackface, tendo o rosto escurecido com tinta.

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“Zeca Pagodinho” solo

Jessé Gomes da Silva Filho, o Zeca Pagodinho, dá um novo passo na carreira gravando o seu primeiro disco solo, intitulado com o próprio nome. A produção, com sucessos como “Judia de Mim” e “Brincadeira tem Hora”, vendeu um milhão de cópias na época. A marca foi conquistada três anos após “Amargura”, sua primeira música gravada.

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Unidos de Vila Isabel campeã do centenário

Composta por Martinho da Vila, o samba-enredo "Kizomba, Festa da Raça" dá à escola de samba Unidos de Vila Isabel o título de campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. O desfile comemora o Centenário da Abolição da Escravatura no Brasil. Ele criou outros temas para a escola ao longo dos anos, da qual mantém uma relação próxima.

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Sebastian Soul na C&A

O ator, cantor e bailarino Sebastian Soul aparece pela primeira vez em um dos comerciais televisivos da empresa multinacional de vestuários C&A, onde permanece por 20 anos. Na chamada, ele é aparentemente o único preto em meio a uma multidão de figurantes brancos. Sebastian é considerado o primeiro garoto-propaganda negro do país.

Luiza Nobel

cantora, compositora, modelo e atriz

Luiza Nobel
Anos 90

90

Primeira aparição da Globeleza

A Globeleza, ícone do Carnaval da Rede Globo, aparece pela primeira vez na TV. Porém, a modelo Valéria Valenssa só ganha esse título em 1993, quando aparece sozinha na vinheta, e permanece no cargo até 2003. A partir daí, a globeleza permaneceria por 24 anos sendo representada por mulheres negras semi ou completamente nuas.

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“Eterno Amanhecer”, Exaltasamba

O grupo de pagode Exaltasamba lança o "Eterno Amanhecer", seu primeiro álbum. Apesar dos dez anos de existência, eles ainda não tinham grande reconhecimento. A situação muda ao longo da década, quando o grupo ganha força e estoura nacionalmente em 1996. Thiaguinho e Péricles são alguns de seus músicos consagrados.

Vera Verão na “Praça é Nossa”

O artista Jorge Lafond entra para o elenco de comediantes do programa "A Praça é Nossa" como Vera Verão. Caracterizada de drag queen, a personagem exibe trejeitos e estereótipos da comunidade LGBTQ+ e, constantemente, compete com mulheres pela atenção de homens. Lafond ficou na Praça por dez anos.

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“A Próxima Vítima” e a classe média negra

O autor Silvio de Abreu coloca no elenco da novela "A Próxima Vítima" uma das primeiras famílias de classe média negra encenadas na TV. O núcleo pretendia tratar das relações de racismo na sociedade brasileira. A trama paralela também aborda o relacionamento homoafetivo interracial, entre Jefferson (Lui Mendes) e Sandro (André Gonçalves).

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“Xica da Silva”, a novela

A história da memorável ex-escrava que virou rainha agora aparece como novela na TV Manchete. Na adaptação de Walcyr Carrasco, a atriz Taís Araújo se torna a primeira protagonista negra a atuar em uma telenovela brasileira. As principais características de Xica eram o escândalo, o atrevimento, a vingança e a sensualidade.

Nasce a “Raça Brasil”

Surge a primeira revista brasileira para negros. A “Raça Brasil” é fundada com o objetivo contra-hegemônico de produzir conteúdos focados para a cultura afrodescendente. A edição de estreia, em setembro deste ano, bateu recorde com mais de 270 mil  exemplares vendidos. A revista virou referência no segmento e, hoje, também existe na versão online.

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Pata chega às “Chiquititas”

A jovem Pata, vivida na pele da atriz Aretha Oliveira, chega ao orfanato da novela "Chiquititas", do SBT. Sendo a única menina negra, a personagem tem uma personalidade dura e hostil na trama. Além dessas características, é dado à Pata outros estereótipos de mulheres negras como a insensibilidade, agressividade e falta de delicadeza.

Álbum “Só Pra Contrariar”

É lançado o quarto álbum de estúdio do grupo mineiro de samba Só Pra Contrariar, que leva o mesmo nome. A produção vendeu mais de três milhões de cópias, sendo o maior sucesso da banda que teve auge nos anos 90. Alexandre Pires é um dos seus integrantes mais reconhecidos, alcançando também fama e projeção nacional em carreira solo.

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Grammy para “Nascimento”

O CD "Nascimento", de Milton Nascimento, ganha o Grammy de Melhor Álbum de World Music. Depois de anos se dedicando à carreira internacional, o artista lança em 1997 o álbum, que seria premiado, e a turnê "Tambores de Minas" como forma de voltar às próprias raízes. Milton viajou  o Brasil com a apresentação dos projetos.

Globeleza

Veja a trajetória da musa do Carnaval da Globo em 30 anos

Vinheta: Carnaval 90 - Rede Globo (1990)
Globeleza 1991 - Valéria Valenssa
Globeleza

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“A negação do Brasil” nas telenovelas

Com a virada do milênio, o cineasta Joel Zito Araújo lança um dos mais importantes documentários de análise da representação dos negros na mídia. Baseado nas telenovelas brasileiras, o projeto reúne depoimentos de atores como Milton Gonçalves, Ruth de Souza e Zezé Motta. Ele aponta o recorrente uso de estereótipos para representar essa população.

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Novo “Sítio do Picapau Amarelo”

Com direção de Márcio Trigo, começa a segunda versão das histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”. A obra ganha um roteiro mais adaptado aos temas da atualidade, mas os estereótipos dos papéis negros permanecem em tia Nastácia e Tio Barnabé. A série de TV é exibida nas manhãs da Globo até 2007.

“Domingo da Gente” com Netinho de Paula

O músico José de Paula Neto, conhecido como Netinho de Paula, passa a comandar o programa “Domingo da Gente”, da Record TV. Com sua personalidade popular trazida do samba, ele apresenta quadros voltados para classes sociais mais baixas. “A Princesa e o Plebeu”, também conhecido como “Dia de Princesa”, se torna um dos mais famosos.

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Primeiro negro apresenta o Jornal Nacional

O repórter Heraldo Pereira é convidado para a equipe de apresentadores do Jornal Nacional, com aparições aos sábados. Ele se torna o primeiro negro a comandar o telejornal de maior influência do país. O jornalista entrou na Globo em 1985 e atualmente é âncora do Jornal das Dez, da GloboNews.

Lançamento do “Cidade de Deus”

O filme “Cidade de Deus”, com direção de Fernando Meirelles, estreia neste ano. O Brasil conhece a história dos jovens Buscapé e Zé Pequeno, que crescem em meio à marginalização e violência da favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. A produção virou uma das mais emblemáticas do cinema brasileiro.

“Cidade dos Homens”, a série

No mesmo ano, a Rede Globo lança a série de TV “Cidade dos Homens”. Os pequenos Laranjinha e Acerola são escolhidos para narrar as dificuldades da população negra moradora de periferia do país. A pobreza e o tráfico de drogas são alguns dos dramas abordados. A obra é exibida até 2005.

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O ouro de Daiane dos Santos

Daiane dos Santos ganha a primeira medalha de ouro brasileira em uma competição mundial de ginástica artística. O reconhecimento veio na disputa do solo na cidade de Anaheim, nos Estados Unidos. A ex-ginasta é famosa pelos vários títulos e pelas performances ao som da música "Brasileirinho", de Waldir Azevedo.

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A novela “Da Cor do Pecado”

O ano começa "Da Cor do Pecado" com a obra de João Emanuel Carneiro. O enredo explora o relacionamento da "pobre feirante Preta" (Taís Araújo) com o rico galã Paco (Reynaldo Gianecchini). A novela se tornou a primeira da Globo com uma protagonista negra, dando destaque a sua sensualidade e reforçando estereótipos de sexualização.

“A Escrava Isaura”, uma nova versão

O romance escrito por Bernardo Guimarães ganha uma nova adaptação na emissora Record TV. A novela "A Escrava Isaura" reconta a história da escrava mestiça que nasceu branca e sofreu com os abusos causados pela obsessão do seu dono. A luta abolicionista continua sendo abordada com foco na perspectiva das personagens brancas.

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O Foguinho de “Cobras e Lagartos”

A malandragem é uma característica em destaque na personalidade de Foguinho, na novela “Cobras e Lagartos”. Na trama de João Emanuel Carneiro, o rapaz acaba ficando milionário pelo oportunismo. “Ignorante”, “tremendo vagabundo” e “cheio de paradoxos” também fazem parte da descrição dele, algo que seria compensado pelo seu “coração de ouro” e “carisma”.

As Antônias globais

A série “Antônia” retrata a vida de quatro mulheres negras moradoras de periferia que, com muito trabalho duro, tentam melhorar de vida virando cantoras de rap. A produção é uma continuação do filme de mesmo nome, lançado no mesmo ano, pela diretora Tata Amaral. Antônia possuiu duas temporadas, com seu fim em 2007.

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Bebel e o “Paraíso Tropical”

O romance da prostituta Bebel como o empresário Olavo é um dos destaques da novela “Paraíso Tropical”, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Com uma vida complicada, ela vivia do trabalho no calçadão de Copacabana e apresentava características como vocabulário incorreto, personalidade afrontosa e muita libido.

“Ó Paí, Ó”, o filme

Estrelado pelo ator Lázaro Ramos, “Ó Paí, Ó” é um filme de Monique Gardenberg que se volta para a história de um cortiço, próximo ao Pelourinho, no Centro Histórico da Bahia. A narrativa ousa tratar de temas como o reordenamento urbano de camadas sociais mais pobres, racismo e conflitos próprios da população negra brasileira.

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“A Princesa e o Sapo” da Disney

A Disney aposta em uma uma princesa negra na obra cinematográfica “A Princesa e o Sapo”. A pobre Tiana é uma jovem que trabalha incansavelmente, sonha em abrir o próprio restaurante, encontrar o príncipe encantado e ser feliz para sempre. A negritude da princesa não é aproveitada para levantar debates etnicorraciais.

“Viver a Vida” com a Helena negra

Taís Araújo se transforma em uma das emblemáticas Helenas de Manoel Carlos, em “Viver a Vida”. A atriz interpreta uma supermodelo que decide largar a carreira no seu auge para casar com um homem mais velho. Na sinopse da novela, a Globo descreve a personagem como “uma Helena diferente das anteriores criadas pelo autor: uma jovem negra”.

Anos 2000

Tatiana Paz

pesquisadora de cibercultura e relações etnicorraciais

Tatiana Paz

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Primeira negra na capa da Vogue Brasil

A modelo Emanuela de Paula é capa da Vogue Brasil e se torna a primeira negra a ocupar esse lugar após 35 anos da revista no país. Com a intenção de trazer “exclusivamente modelos negras”, a edição especial estampa uma mulher de pele escura mas de cabelo alisado, boca fina, nariz afilado e magra.

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“Insensato Coração” de André

Gilberto Braga e  Ricardo Linhares criam um dos primeiros galãs negros de novela em “Insensato Coração”. André, interpretado por Lázaro Ramos, é um designer bem sucedido e bastante mulherengo. A incapacidade de estabelecer relacionamentos sérios, unida ao grande número de parceiras sexuais, reforça a sexualização do homem negro.

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Empregadas “Cheias de Charme”

Os fãs de telenovela se divertem com as 'empreguetes' de “Cheias de Charme”, escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Maria da Penha (Taís Araújo) é uma empregada que, junto a duas colegas, acaba virando famosa. A personagem é uma mulher negra, favelada, barraqueira e fortes traços de erro na fala.

O presidente negro do STF

O então ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes é empossado como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O jurista se torna o primeiro negro a ocupar este cargo no Brasil. Anos antes, em 2003, ele já havia alcançado uma marca semelhante, sendo o primeiro negro indicado para ministro da casa.

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“Chiquititas” e os conflitos de Pata

A personagem Pata, assim como na versão original da novela “Chiquititas”, exibida pelo SBT, continua apresentando personalidade dura e áspera. No entanto, a adaptação explora debates mais atuais como os conflitos de mulheres negras durante a infância com o cabelo natural e os processos de alisamento químico.

"Batuk Freak" na revelação de Conka

A artista Karoline dos Santos Oliveira, conhecida pelo nome artístico Karol Conka, lança o seu primeiro álbum musical intitulado "Batuk Freak". O trabalho a ajudou a ganhar a categoria Artista Revelação, no Prêmio Multishow de Música Brasileira do ano. Na produção digital estão hits como "Boa Noite", "Gandaia" e "Olhe-se".

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O polêmico “Sexo e as Negas”

Vai ao ar a série de TV “Sexo e as Negas”, escrita e narrada por Miguel Falabella, na Rede Globo. A trama aborda a vida e os sonhos de quatro amigas que moram em uma comunidade carente do Rio de Janeiro. A produção foi alvo de diversas críticas pela associação pejorativa em seu nome e a sexualização explorada nas protagonistas.

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O novo diálogo de “Mister Brau”

A Rede Globo lança a primeira temporada da série “Mister Brau”, de Jorge Furtado. Protagonizada por Taís Araújo (Michele) e Lázaro Ramos (Braúlio), a história conta a vida de um casal bem sucedido no ramo do entretenimento que mora em um condomínio de luxo. A trama inova ao atribuir essas características a um elenco negro.

As aventuras de “Guilhermina e Candelário”

O desenho animado “Guilhermina e Candelário” entra para a programação da TV Brasil. Voltada para crianças de quatro a oito anos, a produção mostra as aventuras de dois irmãos negros que moram com o avô, em uma praia na Colômbia. O velho é o responsável por contar as histórias dos ancestrais, além de falar sobre meio ambiente.

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Abertura dos Jogos Olímpicos no Rio

A rapper Soffia Gomes da Rocha Gregório Correia (MC Soffia) se apresenta ao lado da cantora Karol Conka na abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no estádio Maracanã. A menina ganhou reconhecimento na mídia ao compôr e cantar letras que falam sobre racismo, machismo e empoderamento de feminino.

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“Malhação” da protagonista negra

A temporada “Malhação: Pro dia nascer feliz” traz a primeira protagonista negra da série, em 21 anos de existência. A atriz Aline Dias vive o papel de Joana, uma jovem nordestina que foge de casa e vira faxineira no Rio de Janeiro. A escolha da trama para a personagem foi alvo de diversas críticas do público e de influenciadores digitais.

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Globeleza se reinventa

A Globeleza aparece na vinheta do “Carnaval na Globo” de uma forma diferente. Pela primeira vez a musa não fica com o corpo hiperssexualizado, se “vestindo” apenas com pinturas, glitters ou fantasias minúsculas de passistas de samba.  Com o título desde 2015, a modelo Erika Moura usa fantasias que representam diversos ritmos carnavalescos.

A renovação de “Moana”

A Disney lança o filme “Moana: Um Mar de Aventuras”. A história da nova princesa narra o drama de uma jovem menina negra e índia que deseja navegar pelo oceano. O uso do cabelo cacheado natural e a ausência de um príncipe encantado são alguns aspectos que chamaram a atenção do público.

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“Barbie Black” sofre racismo

A nova música de MC Soffia, “Barbie Black”, é alvo de comentários racistas na internet. A mãe, Kamilah Pimentel, acaba registrando queixa por injúria racial. Escrita pela menina, a composição faz críticas ao tradicional modelo de boneca “Barbie” e questiona a falta de diversidade no brinquedo infantil.

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Maju no Jornal Nacional

A jornalista Maria Júlia Coutinho Portes apresenta o Jornal Nacional de sábado, no dia 16 de fevereiro. Pela primeira vez na história do programa, prestes a completar 50 anos, uma mulher negra sentou na bancada para comandar o noticiário. O Jornal Nacional é o telejornal mais influente do país.

Anos 2010
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Tirinha do publicitário, quadrinista e ilustrador Davi Ferreira. Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará, pesquisa sobre quadrinhos e cinema. 

Tirinha

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